Esperança da Costa defende que prevenção e detecção precoce são fundamentais para o controlo do cancro da mama e da próstata
Angola enfrenta um grande desafio de saúde pública devido ao aumento das doenças crónicas não transmissíveis, particularmente do cancro, ligado principalmente à mudança dos estilos de vida, afirmou esta quinta-feira, em Luanda, a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
Ao discursar no “Encontro de Reflexão sobre Outubro Rosa e Novembro Azul”, que decorre sob o lema: “Unidos na Prevenção contra o Cancro da Mama e da Próstata”, Esperança da Costa referiu que o cancro é um problema de saúde pública mundial de grande preocupação, tendo apresentado dados estatísticos alarmantes sobre a doença no mundo e em Angola.
Na sua intervenção, a Vice-Presidente sublinhou que a detecção precoce do cancro da mama, no sentido de garantir a sobrevivência das mulheres afectadas, é fundamental para o controlo da doença, com recurso a mamografia, meio de diagnóstico de alta eficácia mas considerado de custo elevado, e/ou ao exame clínico da mama e o autoexame, meios de baixo custo e também eficazes.
“Torna-se por isso importante a divulgação dos sinais e sintomas iniciais do cancro da mama, tanto para os profissionais de saúde como para as próprias mulheres, por forma a que possam ser submetidas oportunamente ao diagnóstico e tratamento”, referiu.
No que se refere ao cancro da próstata, Esperança da Costa lembrou que a prevenção e o controlo são possíveis, mas para tal, frisou, é preciso promover e incentivar os homens a reconhecerem a necessidade de procurar serviços de saúde para a realização de rastreios periódicos, pois a sua detecção precoce garante índices de cura bem superiores aos de outras neoplasias.
“Ocorre que uma incompreensível desatenção para com a doença, aliada à atrasada e preconceituosa resistência ao exame físico ainda mantém os homens maduros distantes da rotina de avaliações que pode diagnosticar precocemente o problema e preservar a vida de muitos cidadãos”, lamentou.
A Vice-Presidente da República afirmou que o mundo dispõe hoje de conhecimentos científicos que evidenciam que 1/3 de todos os cancros podem ser prevenidos, e a prevenção é a melhor estratégia a longo prazo e que apresenta a melhor relação custo-benefício para o controlo da doença.